domingo, 22 de janeiro de 2017

Mostra Perfura, sáb, 21.01

Sábado de \mostra perfura desta quinta semana foi um dia instigante, de beleza plástica e de diversão.

Olivia Viana abriu a programação do dia com seu “Cuidado com os espinhos”. Uma performance que segue a linha de seus trabalhos em torno do humano e da animalidade. Olivia me contou que em torno do fim e do início do ano teve um ou dois encontros furtuitos e repentinos com um porco-espinho. Na elaboração da performance, trabalhou com muitas camadas de tecido em diferentes texturas, investigando movimentos com braços e mãos, coceiras e peles. Pequis também estavam dispostos da galeria e disponíveis para consumo. 

No período da tarde, Janaína Tábula apresentou “Entre a Vigília e o Sono”. Um trabalho de uma simplicidade poética muito inspiradora e instigante. Mergulhada numa banheira de líquido espesso branco, a imagem que Janaína formou com seu corpo remetia a situações de velório, a um corpo santo coberto por um manto ou um corpo numa mortalha. Ao mesmo tempo, um corpo branco num espaço branco (paredes, pilastras e chão) tendia a um apagamento.

Ao final do dia, o Coletivo Indigestão trouxe um bailinho/karaokê para dentro da galeria com a festa “Noite dos Vexames Amorosos. Baile da Maria Cebola”. Além de contar uma música no karaokê, os microfones estavam abertos para receber histórias de fracassos amorosos, momentos de trouxice e vexames afetivos. Enquanto a vergonha alheia sedia constantemente ao riso nervoso e a xxx, os artistas do Coletivo – Noemi Assunção, Rafael Perpétuo e Clarice Steinmüller – picavam cebolas – dezenas e dezenas delas, até que o ambiente todo cheirava a cebola e muitos de nós sentia os olhos arder – estando ou não perto dos artistas e suas facas.

"Cuidado com os espinhos", de Olívia Vianna


















"Entre a Vigília e o Sono", de Janaína Tábula















"Noite dos Vexames Amorosos. Baile da Maria Cebola", de Coletivo Indigestão











Fotos: Luiza Palhares

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