O
\disseminário da 4ª semana de \perfura contou com a presença do professor
Marcos Hill, que começou questionando o lugar de fala acadêmico naturalizado
como hierárquico, corporalmente separado e não horizontal. Ele também
compartilhou inquietações sobre processos pessoais de transformação e uma busca
por deslocar-se do estereótipo da intelectualidade. "Não sou um homem de
gabinete. Não quero colecionar referências". Nesse diálogo, Hill destacou
a relevância dos estímulos mais sensoriais e corporais, sobretudo, a noção de
experiência como motor de existência, como aquilo que faz e produz sentido.
Hill também
trouxe uma referência teórica sobre corpos, poder e registros de comunicação,
assunto que foi discutido e reverberado entre os presentes ao longo da
conversa. Nessa etapa de sua fala, o professor leu trechos de dois livros sobre
teoria e história do corpo. Os alunos de Hill, de sua disciplina de performance
na Escola de Belas Artes da UFMG, realizaram uma ação durante a fala,
deslocando-se pelo espaço de tempos em tempos e sentando-se em frente aos
participantes do \disseminário. Além das referências teóricas, Hill
compartilhou trechos de programa radiofônico sobre relações amorosas e um vídeo
de uma senhora, de mais de 90 anos, dançando entusiasticamente. Ao final da
fala de Hill, os alunos convidaram cada um dos presentes a também deslocarem
pelo espaço. A conversa terminou com a ação de todos os presentes se deslocando
corporalmente pelo espaço.
De forma dispersa, quem estava presente na ação
prolongou a conversa em pequenos grupos ao redor da mesa de café na porta de
entrada da galeria GTO.
Fotos: Luiza Palhares
Nenhum comentário:
Postar um comentário