Cada um dos residentes, dos artistas gráficos e da equipe de registro e memória chega com seus próprios processos pessoais, criativos, afetivos. Impossível ficar alheio aos humores coletivos. Mas, na conjunção do coletivo, vigora as confluências e o que aparece como constante nos humores.
É interessante notar como as energias dá semana vao crescendo e sendo conduzidas de modo nada consciente, mas intuitivo e orgânico a partir da presença de artistas “de fora”, os convidados a apresentarem uma ação, uma performance, uma provocação. Clarice Lacerda, da estação gráfica, poderia dar uma contribuição aqui a respeito do astros e suas configurações nesse momento em que vivemos. Uma explicação que adiciona uma camada ao entendimento do fluxo de energias – algumas vezes díspares, outras harmoniosas – que passam pela galeria, que passam por nós, que nos atravessam.
A quinta semana de perfura começa com a ativação corporal de Christina Fornaciari e com conversas ensaístas de Assis Benevenuto e Marina Viana. Seguindo um clima mais festivo e poético, temos Ed Marte, Regina Amaral, Coletivo Indigestão, Olívia Viana e Janaína Tábula. Além das 15 presenças constantes nesse espaço de ateliê aberto e além dos 8 convidados que transitam durante cada semana, o ateliê é perfura por outras presenças flutuantes. Gente que chega e permanece. Que volta todos os dias. Que aparece todo fim de noite. Ou todo fim de semana. Gente que apareceu uma vez.
Durante esta e as duas próximas semanas, permanecemos aqui sendo atravessados por múltiplas presenças, trocas propostas.
Foto: Luiza Palhares
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